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Fortaleza, Nordeste, Brazil
Tauaense, cearense, brasileiro, casado, católico, que busca ser um homem melhor a cada dia!

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domingo, 9 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A mulher não pode se afirmar copiando os erros do homem

A última criatura que Deus criou foi a mulher; "tirada" do homem; com a mesma dignidade dele para ser-lhe "companheira adequada" (cf. Gen 2, 18) e para ser com ele "uma só carne" (Gen 2, 24). Um foi feito para o outro, completamente diferentes, no corpo e na alma, na voz e na força, nas lágrimas e na sensibilidade. Ao casal humano Deus entregou o destino do mundo: “Crescei e multiplicai, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1, 28).
Assim, o casal humano – homem e mulher – foram colocados por Deus como o fundamento da humanidade e da sociedade; destruir este arquétipo divino é destruir a própria humanidade.
A mulher foi moldada por Deus para ser, sobretudo, mãe e esposa: delicada, meiga, compassiva, generosa, paciente. Um perigoso feminismo, "avançado", tende a igualar entre si homem e mulher, destruindo a beleza da diferença dos dois sexos, especialmente a da mulher. É a perigosa ideologia de "gênero", que destrói a humanidade na sua raiz. Muitas vezes, a palavra "gênero" aparece hoje no lugar da palavra "sexo", com o intuito de eliminá-lo. Em vez de se falar de "diferença entre os sexos", fala-se de "diferença entre os gêneros". Essa palavra esconde toda uma perigosa ideologia. Os seus principais erros são esses:
1 - Não existe um homem natural nem uma mulher natural. O ser humano nasce sexualmente neutro. A sociedade é que constrói os papéis masculinos ou femininos. "Gêneros" são papéis socialmente construídos. Não é a natureza – nem Deus –, mas a sociedade que impõe à mulher e ao homem certos comportamentos e certas normas diferentes segundo essa ideologia. Se as mulheres se casam com homens, e não com outras mulheres, isso não se deve à lei da natureza, mas à construção da sociedade. Se os homens se sentem na obrigação de trabalhar fora de casa para sustentar a família, enquanto as mulheres sentem necessidade de ficar com os filhos, nada disso é natural. São meros papéis, desempenhados por tradição, mas que poderiam perfeitamente ser trocados. Assim, a mulher, ingenuamente, "acredita" que seu lugar mais importante é o lar, que nasceu para se mãe, que deve sacrificar-se pelos filhos, que deve ser fiel ao marido... Tais "construções sociais" não têm fundamento, dizem as feministas.
2 - Assim, é preciso "desconstruir" tais idéias, conscientizando a mulher de que ela está sendo enganada e explorada. Uma vez liberta de tais "construções sociais", ela vê-se livre para construir a si mesma: pode livremente optar por ser lésbica, por não ser mãe ou por matar o filho concebido (ou, como se diz: "interromper a gravidez"). Tudo passa a ser permitido.
A origem deste perigoso feminismo vem do filósofo alemão, amigo inseparável de Karl Marx, Friedrich Engels (1820-1895), juntos fundaram o chamado "socialismo científico" ou marxismo. Engels dizia: "O primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher, unidos em matrimônio monógamo, e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino” [“The Origin of the Family, Property and the State", International Publishers, New York , 1972, pp. 65-66. 2].
De acordo com a doutrina marxista, não há conciliação possível entre as classes, há que se eliminá-las. Seguindo a mesma linha, o feminismo atual, com bases no marxismo, não deseja simplesmente melhorias para as mulheres, mas sim, eliminar as "classes sexuais". Diz a feminista radical Shulamith Firestone, em seu livro "The Dialectic of Sex" (A dialética do sexo): “(...) assegurar a eliminação das classes sexuais requer que a classe subjugada (as mulheres) faça uma revolução e se apodere do controle da reprodução, que se restaure à mulher a propriedade sobre seus próprios corpos, como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias como todas as instituições sociais de nascimento e cuidado de crianças (...) a meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente não simplesmente acabar com o privilégio masculino, mas com a própria distinção de sexos: as diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente”.
A respeito da mulher que opta por ficar em seu lar cuidando dos filhos, diz a feminista Christina Hoff Sommers: “Pensamos que nenhuma mulher deveria ter esta opção. Não se deveria autorizar a nenhuma mulher ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter essa opção, porque se essa opção existe, demasiadas mulheres decidirão por ela” [Sommers, Christina Hoff. Who Stole Feminism?, Simon & Shuster , New York , 1994, p.257].
A civilização atual atravessa uma fase de rápido declínio moral. É a mulher, não-contaminada pela mentalidade dominante, com a sua intuição, sua preferência pelo amor profundo e estável, pela fraternidade e pela fé religiosa, que deve exercer uma tarefa muito elevada, indispensável para ajudar o homem a alcançar os valores superiores.
Hoje, a opinião pública pressiona psicologicamente a mulher para que ela se realize “superando o homem”, de forma a que busque o sexo mais que o amor; o trabalho e a ciência mais que a geração e a educação dos filhos; o racionalismo mais que a fé; o feminismo e o conflito mais que a ternura; a igualdade de pensamento e de obrigações sociais mais que a complementaridade. Isso destrói a beleza original dela.
O Papa Paulo VI ressaltava que “se o homem tem o primado da razão, a mulher tem o primado do coração”; e este não é menos importante. Por isso, a mulher não pode se afirmar na sociedade querendo copiar os erros do homem: corrupção, fraude, violência, aborto, eutanásia, exploração do sexo, cultura da morte, endeusamento da glória, do dinheiro e do prazer... Ao contrário, ela precisa trazer uma nova alma à sociedade, fruto da sua beleza e do seu amor.
Infelizmente, a própria mulher aceita e permite comercializar brutalmente o seu corpo, por dinheiro e glória, como se fosse uma coisa e não uma pessoa. Além disso, defende-se que a gravidez é incompatível com o seu contrato de trabalho, e muitas até aceitam a imposição do aborto para não prejudicar a profissão.
O feminismo divulgou a idéia de que quem está fora do mercado de trabalho não tem valor. Por isso, há hoje uma geração de mulheres que não têm filhos; ou têm apenas um. O que será desse casal quando ambos envelhecerem? A família é quem oferece os cuidados básicos às pessoas idosas. Se muitos casais não tiverem filhos, haverá uma mudança drástica na sociedade, com muitos idosos sem amparo familiar. Hoje, é comum velhos morrerem sozinhos em seus apartamentos na Europa. Por outro lado, velhinhos fogem dos asilos da Holanda para a Alemanha com medo da eutanásia.
O feminismo foi responsável por difundir essa visão de que apenas o trabalho importa e nada mais vale a pena. Com isso, muitas mulheres abandonaram a vida conjugal e familiar. Chegaremos a um ponto em que a sociedade vai entrar em pânico pela nova conjuntura, especialmente pela falta de crianças, como já acontece em toda a Europa.
Há nitidamente no mundo hoje uma ação deliberada para "desconstruir" a família, e os principais pontos dessa estratégia estão em desvalorizar o casamento e a maternidade. Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera – de maneira mais extraordinária – com Deus na obra da criação e, conseqüentemente, é aí que ela encontra a sua verdadeira realização. São Paulo afirma a Timóteo que: "A mulher será salva pela maternidade" (1Tm 2,15).
Assim se expressou o Papa João Paulo II: "Não há dúvida de que a igual dignidade e responsabilidade do homem e da mulher justificam plenamente o acesso da mulher às tarefas públicas. Por outro lado, a verdadeira promoção da mulher exige também que seja reconhecido o valor da sua função materna e familiar em confronto com todas as outras tarefas públicas, em geral reservadas ao homem" (Exortação Apostólica "Familiaris Consortio", 23).
Sem o papel fundamental da mulher – como mãe e esposa, segundo o plano original de Deus –, a humanidade perecerá.

Felipe Aquino - felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br

domingo, 2 de março de 2008

Relações daninhas e os seres tóxicos

O ciúme, o desejo de sucesso e de amor exclusivo estão na origem
dos vínculos daninhos. Há seres tóxicos capazes de nos infectar com
sua negatividade, mas também antídotos e técnicas para livrar-se do
que nos amarga a vida e nos impede de crescer

Há pessoas em nosso entorno familiar, laboral ou social, cujos comentários e atitudes nos complicam a existência. Gente perigosa para nossa saúde mental, emocional e física, das quais convém manter distância, ou pelo menos limites definidos, se não temos mais remédio que conviver ou nos encontrar com essas pessoas tóxicas.
Quem quer que nos aflija com sua atitude, que não nos deixa crescer, não se mostra contente com nosso sucesso e que põe barreiras a nossos esforços para sermos mais felizes, pode ser considerado uma pessoa tóxica para nossa vida, embora para qualquer outro indivíduo seja inofensiva.
Para a psicóloga americana Lillian Glass, a raiz de toda toxicidade nas relações humanas são o ciúme. Por que algumas pessoas próximas, queridas ou amigas, nos ferem, se enfadam, tentam vencer-nos, buscam nos desagradar ou tentam prejudicar-nos com frases sarcásticas ou respostas que desanimam ou ao alegrar-se falsamente de nossa felicidade ou êxito?.
Por que nos fazem críticas destrutivas?, "Devido aos ciúmes e sua concomitante inveja", comenta Glass, para quem o descontentamento e os sentimentos de insuficiência provocam a ânsia de posse, de êxito e do amor de outras pessoas, assim como o desejo de tê-las para si mesmo, exclusivamente.

Caldo de cultivo: o ciúme

A frustração de outras pessoas que nos vêem como vencedores e consideram a si mesmas perdedoras, os impulsiona a machucar-nos mental e verbalmente, e às vezes inclusive mediante a violência física. Também os levam a envolver-nos em jogos maliciosos, palavras cruéis e comportamentos sujos.
O ciúme ou a falta de amor próprio são a razão de muitos comportamentos negativos em relação a nós, mas também a causa encoberta de condutas similares de nós para com os demais.
Para reconhecer as condutas tóxicas é preciso olhar para si mesmo ou fazer com que a outra pessoa o faça. Quem é crítico em relação a outro indivíduo deve examinar suas razões; uma pessoa honesta normalmente encontrará algum motivo para sentir ciúmes: por exemplo, possuir algo que o outro deseja ou lhe falta, ou o sentimento que a outra pessoa tem mais ou lhe seria melhor.
A doutora Lillian Glass, que faz uns anos publicou um livro sobre as relações tóxicas que rapidamente virou sucesso de vendas, evidenciando a magnitude deste tipo de comportamentos, sugere emprego de certas técnicas para que os ataques emocionais de pessoas tóxicas não repercutam sobre nossa saúde física e mental.
Para o especialista, isto é uma questão de sobrevivência, porque boa parte do bem-estar e sucesso em nossa vida dependem de nossa força psicológica e emocional.
Às vezes, para resistir à toxicidade alheia ou tentar que não nos afete, se recorre ao consumo de drogas, tranqüilizantes ou alimentação compulsiva. Mas isso só é uma forma de autodestruição inconsciente, que só ocasiona que essa situação negativa se aprofunde quando passaram os efeitos aparentemente prazerosos desses métodos para fugir da realidade.
Também não é preciso responder com a violência física, já que as agressões aos indivíduos tóxicos só conseguem convertê-los em vítimas, enquanto que de fato são os verdadeiros agressores, o que realimenta seu papel negativo em nossa existência: é como tentar apagar um incêndio jogando mais combustível.

A ameaça em casa

Quando as pessoas tóxicas fazem parte da própria família, podem constituir um verdadeiro problema psicológico, devido à continuidade da convivência e do vínculo. Se estão no trabalho, podem colocar em risco nossa continuidade laboral, pois os contínuos conflitos influenciam em nosso rendimento.
Sejam nossos pais, filhos ou cônjuges, nossos chefes ou colegas de trabalho, às pessoas tóxicas é preciso aprender a tratá-las, para que não transtornem nosso equilíbrio vital.
Segundo a pesquisadora Lillian Glass, a fórmula magistral para desintoxicar nossas relações consiste em comunicar-se para enfrentar o que nos incomoda do outro e dizê-lo às claras.
Se você tem um chefe, amigo ou familiar que o faz sentir inferior. Se sua mãe, pai ou ambos o ralharam ao longo de toda a vida. Se está em contato com um médico, professor ou cliente que o insulta ou simplesmente o deixa doente. Se mantém algumas destas ou outras relações tóxicas, precisa sobreviver a elas.
Para conseguir uma convivência tranqüila e feliz, o especialista sugere aplicar uma série de antídotos contra a negatividade.
Uma solução consiste em manter o senso de humor. Relaxar as tensões e divertir-se com isso permite responder ao sujeito tóxico e conseguir o benefício do riso. Primeiro é preciso relaxar, respirando lentamente uns segundos e exalando enquanto se lembram as palavras e ações tóxicas, como para expulsá-las do corpo junto com o ar. Depois é preciso dizer algo divertido, que ponha em evidência o agressor verbal. Isto serve para expulsar a tensão acumulada.
Também é importante deixar de pensar todo o tempo no problema, o que só contribui para amplificá-lo, já que a mente é como uma lupa: aumenta aquilo que foca.
Existem momentos em que uma pessoa tóxica parece colapsar nossa mente, convertendo-se na única coisa em que podemos pensar, o que é prejudicial. É preciso gritar ou dizer mentalmente Pare de pensar! e apoiar esta expressão com frases positivas, como "sou importante", "minha vida é valiosa" ou "me sinto feliz".

A técnica do espelho

A doutora Glass também aconselha atuar como se fôssemos um espelho. É possível fazer as pessoas tóxicas ver refletidos seus comportamentos. Se alguém não pára de falar impedindo que os demais o façam, a resposta pode ser colocar-se a latir. Quando o tóxico se irritar e perguntar "O que há?", basta explicar que esta é a atitude que ela mantém com os demais.
Outra tática conveniente consiste em perguntar com tranqüilidade. Para que os indivíduos tóxicos vejam quão absurdas são suas idéias, comentários e atitudes, o melhor é formular dúvidas simples que se convertam em uma progressão lógica que vá desbaratando seus argumentos, um depois de outro.
A aqueles que odeiam os negros pergunte se conhecem muita gente de cor?, conviveu com ela?, alguém o odeia por ser quem é?. Suas respostas evidenciarão o ridículo de suas idéias. E sempre haverá mais perguntas para colocar-lhes em evidência.
Embora pareça difícil, é preciso tentar empregar a cordialidade. Converter o enfado em amabilidade é uma resposta ideal frente a muitos que são duros. Os motivos de sua atuação costumam ser a insegurança e a falta de amor próprio.
Ao saber que essas são as causas de sua toxicidade, pode controlar a injúria e transformá-la em amabilidade. Muitas pessoas que tratam com o público fazem uso desta capacidade, que dá frutos assombrosos.
Outro antídoto para a toxicidade mental, consiste em desprender-se de qualquer emoção a respeito da pessoa venenosa: tirá-la de nossa vida, não preocupar-se com ela, não desejar-lhe nem bem nem mal, visualizar a desconexão com ela, deixá-la para trás.

Catálogos de pessoas venenosas

Segundo Glass, estas técnicas são efetivas para resistir ao que ela denomina "trinta tipos de terrores tóxicos", entre os quais inclui o falador, o piadista, o cortante, a vítima sombria e condenada, o apunhalador de duas caras, o brincalhão, o pistoleiro rancoroso e autoritário, e o mentiroso. Todas são distintas formas de personalidades que coincidem em intoxicar a vida alheia.
Outras versões de indivíduos tóxicos, que podemos descobrir em nosso entorno, são o indivíduo intrometido, o fanático, o pretensioso, o competidor, o maniático do controle, o crítico acusador ou o arrogante sabichão.
Às vezes, a presença de conflitos contínuos, pode indicar que o ser tóxico é você mesmo, em vez dos demais. O que não muda excessivamente as coisas, porque o resultado é similar: um contínuo mal-estar e dificuldades para relacionar-nos.
Nesse caso é preciso reconhecer o problema e deixar de amargar os demais com nossos ciúmes mais ou menos encobertos. A chave, como sempre, é a comunicação: consigo mesmo, para descobrir a verdadeira raiz de nosso comportamento, e com os demais, para deixar de atormentar suas vidas.

Por Maria Jesús Ribas