PERFIL

Minha foto
Fortaleza, Nordeste, Brazil
Tauaense, cearense, brasileiro, casado, católico, que busca ser um homem melhor a cada dia!

SUA PARTICIPAÇÃO ÉTICA

Agradeço por contribuir para a divulgação da ÉTICA em nosso Brasil. Se cada pessoa agir com etica, em qualquer situação, então teremos um país melhor e mais justo para todos nós. Ser brasileiro é ser ético.

sábado, 3 de maio de 2008

DIGA NÃO A CORRUPÇÃO

Diga não à corrupção.
Um dos deveres mais importantes do cidadão é acompanhar e fiscalizar os governantes que elege. É ficar atento para que esses governantes não destruam o seu futuro. Não é função do governo impedir que os cidadãos se corrompam. É função do cidadão impedir que o governo seja corrompido.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
As grandes negociatas acontecem em concorrências públicas. O Brasil tem uma das melhores legislações para concorrências de todo o mundo. O problema é que nem todos obedecem à lei. Não deixe que ladrões tomem conta das compras e obras importantes para a sua comunidade. Acompanhe os processos de concorrência no seu município. Se cada um fizer a sua parte, quem ganha é a sua cidade.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Você tem ideia de como o prefeito gasta o dinheiro de sua cidade? Você sabia que a Constituição obriga o prefeito a mostrar tudo o que ele faz com o dinheiro público? E que a Câmara de Vereadores tem o dever de fiscalizar o comportamento do prefeito? Descubra se isso está acontecendo na sua cidade. Acompanhe as sessões da Câmara da sua cidade.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção
Todo mundo sabe que a justiça no Brasil funciona mal. Com isso, muitos criminosos deixam de ser punidos. Todo mundo sabe que a impunidade favorece a corrupção. Para os ladrões do dinheiro público, a impunidade faz o crime compensar. Vamos acabar com a impunidade. Exija a reforma do judiciário.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Toda vez que senadores, deputados e vereadores são acusados de corrupção, a defesa é a mesma: eles renunciam. Fazem isso para evitar a cassação do mandato. É que político cassado perde o direito de se eleger. Já político que renuncia, não. Ele pode voltar na eleição seguinte, como se nada tivesse acontecido. Marque bem o nome desses políticos, avise os amigos, faça propaganda contra. Não deixe que eles sejam reeleitos nunca mais!Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
No ano passado, a cidade de Londrina, no Paraná, expulsou um prefeito que a promotoria pública acusava de corrupção. Toda a cidade participou do movimento. Em reconhecimento, a Transparência Internacional concedeu aos londrinenses o prémio mundial de integridade. Tornaram-se um exemplo para o mundo. E um exemplo para o Brasil. Londrina mostrou a força do cidadão comum no combate à corrupção. Siga você também esse exemplo.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Durante as duas últimas administrações municipais de São Paulo, quase 12 bilhões de reais podem ter sido desviados dos cofres da cidade. Os números, na ponta do lápis, são dos promotores do Ministério Público. É uma montanha de dinheiro. 12 bilhões de reais!! Se essa quantia tivesse sido aplicada nos transportes, na educação, na saúde, São Paulo seria uma cidade melhor. Mas o dinheiro não foi aplicado na cidade. Foi parar no bolso de políticos e empresários corruptos! O lugar dessa gente é na cadeia. Denuncie todas as tentativas de desvio de dinheiro público!Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Todo mundo conhece obra inacabada. Obra inacabada é aquele viaduto, aquela estrada, aquela barragem que os políticos inauguram antes de começar, pagam a peso de ouro mas ninguém toca.O que sobra são esqueletos de concreto caindo aos pedaços, verdadeiros atestados do desrespeito aos impostos que você pagou por anos a fio! A Câmara dos Deputados abriu uma CPI para investigar as obras inacabadas. O deputado responsável foi acusado de cobrar propina das empresas investigadas. Resultado: extinguiram a CPI. Na prática, o que a Câmara dos Deputados está dizendo é que obra inacabada não tem responsável. Exija a investigação. Denuncie qualquer tentativa de desvio de dinheiro público.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Você sabia que o Brasil é uma das importantes avenidas na rota internacional da lavagem de dinheiro? Muito dinheiro do tráfico de drogas e de armas passa por aqui rumo aos paraísos fiscais. Junta-se ao dinheiro desviado pela corrupção de políticos e empresários e acaba em lugares como o Uruguai, as Ilhas Virgens, a Ilha de Jérsei. Dinheiro ilícito não tem preconceitos: prostituição, drogas, armas, contrabando, sonegação de impostos, corrupção, é tudo farinha do mesmo saco. Não deixe que o Brasil continue a fazer esse papel. Denuncie qualquer tentativa de desvio de verba e lavagem de dinheiro.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Você, aí no trânsito, está para ser multado? Veja lá! Não pague propina ao guarda. Olhe para aquele buraco na rua. Você sabia que a Prefeitura não tem dinheiro para tapar os buracos da cidade? As multas de trânsito levantam dinheiro para isso. Mas cada vez que alguém suborna um guarda de trânsito, algum buraco deixa de ser tapado. A propina é como um buraco. Quanto mais gente paga propina, mais fundo fica o buraco. Não pague propina ao guarda.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Sabe aquele documento que não sai nunca? Será que o funcionário está esperando uma gorjeta? Nem pense em pagar. Reclame com o chefe dele. Se não adiantar, fale com o chefe do chefe. A obrigação deles é prestar o serviço sem criar dificuldades. Criar dificuldades para vender facilidades é o esquema de corrupção mais velho do mundo. Não aceite nem uma coisa nem outra. Cada vez que alguém paga uma gorjeta, mais problemas está criando para o futuro.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Você já subornou alguém? Um funcionário público? Como você se sentiu? Mal, não foi? Aquela sensação de coisa suja, de indignidade... A corrupção faz mal ao amor-próprio das pessoas. Não venda sua dignidade por uma facilidade qualquer. O preço moral é alto.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Corrupção é crime, você sabe disso. Funcionário público e político que desvia dinheiro e recebe suborno é criminoso. Isso você também sabe. Mas você sabe que quem paga suborno é cúmplice? Não se torne um criminoso. Não pague suborno a ninguém.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Diga não à corrupção.
Sabe aquele sujeito que você conhece, que quebra qualquer galho, resolve qualquer problema e está sempre rindo? Não há questão com órgão público que ele não resolva. Ou pelo menos é o que ele diz. Você não acha que há algo de errado nisso? O que é quebrar o galho? Não é furar a fila, descumprir uma obrigação? Levar vantagem sobre os outros? Sobre você? Não ache graça, porque aquele sujeito está rindo é de você.Não deixe que a corrupção faça parte da sua vida.

Uma campanha Transparência Brasil
Fonte: www.transparencia.org.br

domingo, 9 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A mulher não pode se afirmar copiando os erros do homem

A última criatura que Deus criou foi a mulher; "tirada" do homem; com a mesma dignidade dele para ser-lhe "companheira adequada" (cf. Gen 2, 18) e para ser com ele "uma só carne" (Gen 2, 24). Um foi feito para o outro, completamente diferentes, no corpo e na alma, na voz e na força, nas lágrimas e na sensibilidade. Ao casal humano Deus entregou o destino do mundo: “Crescei e multiplicai, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1, 28).
Assim, o casal humano – homem e mulher – foram colocados por Deus como o fundamento da humanidade e da sociedade; destruir este arquétipo divino é destruir a própria humanidade.
A mulher foi moldada por Deus para ser, sobretudo, mãe e esposa: delicada, meiga, compassiva, generosa, paciente. Um perigoso feminismo, "avançado", tende a igualar entre si homem e mulher, destruindo a beleza da diferença dos dois sexos, especialmente a da mulher. É a perigosa ideologia de "gênero", que destrói a humanidade na sua raiz. Muitas vezes, a palavra "gênero" aparece hoje no lugar da palavra "sexo", com o intuito de eliminá-lo. Em vez de se falar de "diferença entre os sexos", fala-se de "diferença entre os gêneros". Essa palavra esconde toda uma perigosa ideologia. Os seus principais erros são esses:
1 - Não existe um homem natural nem uma mulher natural. O ser humano nasce sexualmente neutro. A sociedade é que constrói os papéis masculinos ou femininos. "Gêneros" são papéis socialmente construídos. Não é a natureza – nem Deus –, mas a sociedade que impõe à mulher e ao homem certos comportamentos e certas normas diferentes segundo essa ideologia. Se as mulheres se casam com homens, e não com outras mulheres, isso não se deve à lei da natureza, mas à construção da sociedade. Se os homens se sentem na obrigação de trabalhar fora de casa para sustentar a família, enquanto as mulheres sentem necessidade de ficar com os filhos, nada disso é natural. São meros papéis, desempenhados por tradição, mas que poderiam perfeitamente ser trocados. Assim, a mulher, ingenuamente, "acredita" que seu lugar mais importante é o lar, que nasceu para se mãe, que deve sacrificar-se pelos filhos, que deve ser fiel ao marido... Tais "construções sociais" não têm fundamento, dizem as feministas.
2 - Assim, é preciso "desconstruir" tais idéias, conscientizando a mulher de que ela está sendo enganada e explorada. Uma vez liberta de tais "construções sociais", ela vê-se livre para construir a si mesma: pode livremente optar por ser lésbica, por não ser mãe ou por matar o filho concebido (ou, como se diz: "interromper a gravidez"). Tudo passa a ser permitido.
A origem deste perigoso feminismo vem do filósofo alemão, amigo inseparável de Karl Marx, Friedrich Engels (1820-1895), juntos fundaram o chamado "socialismo científico" ou marxismo. Engels dizia: "O primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher, unidos em matrimônio monógamo, e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino” [“The Origin of the Family, Property and the State", International Publishers, New York , 1972, pp. 65-66. 2].
De acordo com a doutrina marxista, não há conciliação possível entre as classes, há que se eliminá-las. Seguindo a mesma linha, o feminismo atual, com bases no marxismo, não deseja simplesmente melhorias para as mulheres, mas sim, eliminar as "classes sexuais". Diz a feminista radical Shulamith Firestone, em seu livro "The Dialectic of Sex" (A dialética do sexo): “(...) assegurar a eliminação das classes sexuais requer que a classe subjugada (as mulheres) faça uma revolução e se apodere do controle da reprodução, que se restaure à mulher a propriedade sobre seus próprios corpos, como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias como todas as instituições sociais de nascimento e cuidado de crianças (...) a meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente não simplesmente acabar com o privilégio masculino, mas com a própria distinção de sexos: as diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente”.
A respeito da mulher que opta por ficar em seu lar cuidando dos filhos, diz a feminista Christina Hoff Sommers: “Pensamos que nenhuma mulher deveria ter esta opção. Não se deveria autorizar a nenhuma mulher ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter essa opção, porque se essa opção existe, demasiadas mulheres decidirão por ela” [Sommers, Christina Hoff. Who Stole Feminism?, Simon & Shuster , New York , 1994, p.257].
A civilização atual atravessa uma fase de rápido declínio moral. É a mulher, não-contaminada pela mentalidade dominante, com a sua intuição, sua preferência pelo amor profundo e estável, pela fraternidade e pela fé religiosa, que deve exercer uma tarefa muito elevada, indispensável para ajudar o homem a alcançar os valores superiores.
Hoje, a opinião pública pressiona psicologicamente a mulher para que ela se realize “superando o homem”, de forma a que busque o sexo mais que o amor; o trabalho e a ciência mais que a geração e a educação dos filhos; o racionalismo mais que a fé; o feminismo e o conflito mais que a ternura; a igualdade de pensamento e de obrigações sociais mais que a complementaridade. Isso destrói a beleza original dela.
O Papa Paulo VI ressaltava que “se o homem tem o primado da razão, a mulher tem o primado do coração”; e este não é menos importante. Por isso, a mulher não pode se afirmar na sociedade querendo copiar os erros do homem: corrupção, fraude, violência, aborto, eutanásia, exploração do sexo, cultura da morte, endeusamento da glória, do dinheiro e do prazer... Ao contrário, ela precisa trazer uma nova alma à sociedade, fruto da sua beleza e do seu amor.
Infelizmente, a própria mulher aceita e permite comercializar brutalmente o seu corpo, por dinheiro e glória, como se fosse uma coisa e não uma pessoa. Além disso, defende-se que a gravidez é incompatível com o seu contrato de trabalho, e muitas até aceitam a imposição do aborto para não prejudicar a profissão.
O feminismo divulgou a idéia de que quem está fora do mercado de trabalho não tem valor. Por isso, há hoje uma geração de mulheres que não têm filhos; ou têm apenas um. O que será desse casal quando ambos envelhecerem? A família é quem oferece os cuidados básicos às pessoas idosas. Se muitos casais não tiverem filhos, haverá uma mudança drástica na sociedade, com muitos idosos sem amparo familiar. Hoje, é comum velhos morrerem sozinhos em seus apartamentos na Europa. Por outro lado, velhinhos fogem dos asilos da Holanda para a Alemanha com medo da eutanásia.
O feminismo foi responsável por difundir essa visão de que apenas o trabalho importa e nada mais vale a pena. Com isso, muitas mulheres abandonaram a vida conjugal e familiar. Chegaremos a um ponto em que a sociedade vai entrar em pânico pela nova conjuntura, especialmente pela falta de crianças, como já acontece em toda a Europa.
Há nitidamente no mundo hoje uma ação deliberada para "desconstruir" a família, e os principais pontos dessa estratégia estão em desvalorizar o casamento e a maternidade. Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera – de maneira mais extraordinária – com Deus na obra da criação e, conseqüentemente, é aí que ela encontra a sua verdadeira realização. São Paulo afirma a Timóteo que: "A mulher será salva pela maternidade" (1Tm 2,15).
Assim se expressou o Papa João Paulo II: "Não há dúvida de que a igual dignidade e responsabilidade do homem e da mulher justificam plenamente o acesso da mulher às tarefas públicas. Por outro lado, a verdadeira promoção da mulher exige também que seja reconhecido o valor da sua função materna e familiar em confronto com todas as outras tarefas públicas, em geral reservadas ao homem" (Exortação Apostólica "Familiaris Consortio", 23).
Sem o papel fundamental da mulher – como mãe e esposa, segundo o plano original de Deus –, a humanidade perecerá.

Felipe Aquino - felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br

domingo, 2 de março de 2008

Relações daninhas e os seres tóxicos

O ciúme, o desejo de sucesso e de amor exclusivo estão na origem
dos vínculos daninhos. Há seres tóxicos capazes de nos infectar com
sua negatividade, mas também antídotos e técnicas para livrar-se do
que nos amarga a vida e nos impede de crescer

Há pessoas em nosso entorno familiar, laboral ou social, cujos comentários e atitudes nos complicam a existência. Gente perigosa para nossa saúde mental, emocional e física, das quais convém manter distância, ou pelo menos limites definidos, se não temos mais remédio que conviver ou nos encontrar com essas pessoas tóxicas.
Quem quer que nos aflija com sua atitude, que não nos deixa crescer, não se mostra contente com nosso sucesso e que põe barreiras a nossos esforços para sermos mais felizes, pode ser considerado uma pessoa tóxica para nossa vida, embora para qualquer outro indivíduo seja inofensiva.
Para a psicóloga americana Lillian Glass, a raiz de toda toxicidade nas relações humanas são o ciúme. Por que algumas pessoas próximas, queridas ou amigas, nos ferem, se enfadam, tentam vencer-nos, buscam nos desagradar ou tentam prejudicar-nos com frases sarcásticas ou respostas que desanimam ou ao alegrar-se falsamente de nossa felicidade ou êxito?.
Por que nos fazem críticas destrutivas?, "Devido aos ciúmes e sua concomitante inveja", comenta Glass, para quem o descontentamento e os sentimentos de insuficiência provocam a ânsia de posse, de êxito e do amor de outras pessoas, assim como o desejo de tê-las para si mesmo, exclusivamente.

Caldo de cultivo: o ciúme

A frustração de outras pessoas que nos vêem como vencedores e consideram a si mesmas perdedoras, os impulsiona a machucar-nos mental e verbalmente, e às vezes inclusive mediante a violência física. Também os levam a envolver-nos em jogos maliciosos, palavras cruéis e comportamentos sujos.
O ciúme ou a falta de amor próprio são a razão de muitos comportamentos negativos em relação a nós, mas também a causa encoberta de condutas similares de nós para com os demais.
Para reconhecer as condutas tóxicas é preciso olhar para si mesmo ou fazer com que a outra pessoa o faça. Quem é crítico em relação a outro indivíduo deve examinar suas razões; uma pessoa honesta normalmente encontrará algum motivo para sentir ciúmes: por exemplo, possuir algo que o outro deseja ou lhe falta, ou o sentimento que a outra pessoa tem mais ou lhe seria melhor.
A doutora Lillian Glass, que faz uns anos publicou um livro sobre as relações tóxicas que rapidamente virou sucesso de vendas, evidenciando a magnitude deste tipo de comportamentos, sugere emprego de certas técnicas para que os ataques emocionais de pessoas tóxicas não repercutam sobre nossa saúde física e mental.
Para o especialista, isto é uma questão de sobrevivência, porque boa parte do bem-estar e sucesso em nossa vida dependem de nossa força psicológica e emocional.
Às vezes, para resistir à toxicidade alheia ou tentar que não nos afete, se recorre ao consumo de drogas, tranqüilizantes ou alimentação compulsiva. Mas isso só é uma forma de autodestruição inconsciente, que só ocasiona que essa situação negativa se aprofunde quando passaram os efeitos aparentemente prazerosos desses métodos para fugir da realidade.
Também não é preciso responder com a violência física, já que as agressões aos indivíduos tóxicos só conseguem convertê-los em vítimas, enquanto que de fato são os verdadeiros agressores, o que realimenta seu papel negativo em nossa existência: é como tentar apagar um incêndio jogando mais combustível.

A ameaça em casa

Quando as pessoas tóxicas fazem parte da própria família, podem constituir um verdadeiro problema psicológico, devido à continuidade da convivência e do vínculo. Se estão no trabalho, podem colocar em risco nossa continuidade laboral, pois os contínuos conflitos influenciam em nosso rendimento.
Sejam nossos pais, filhos ou cônjuges, nossos chefes ou colegas de trabalho, às pessoas tóxicas é preciso aprender a tratá-las, para que não transtornem nosso equilíbrio vital.
Segundo a pesquisadora Lillian Glass, a fórmula magistral para desintoxicar nossas relações consiste em comunicar-se para enfrentar o que nos incomoda do outro e dizê-lo às claras.
Se você tem um chefe, amigo ou familiar que o faz sentir inferior. Se sua mãe, pai ou ambos o ralharam ao longo de toda a vida. Se está em contato com um médico, professor ou cliente que o insulta ou simplesmente o deixa doente. Se mantém algumas destas ou outras relações tóxicas, precisa sobreviver a elas.
Para conseguir uma convivência tranqüila e feliz, o especialista sugere aplicar uma série de antídotos contra a negatividade.
Uma solução consiste em manter o senso de humor. Relaxar as tensões e divertir-se com isso permite responder ao sujeito tóxico e conseguir o benefício do riso. Primeiro é preciso relaxar, respirando lentamente uns segundos e exalando enquanto se lembram as palavras e ações tóxicas, como para expulsá-las do corpo junto com o ar. Depois é preciso dizer algo divertido, que ponha em evidência o agressor verbal. Isto serve para expulsar a tensão acumulada.
Também é importante deixar de pensar todo o tempo no problema, o que só contribui para amplificá-lo, já que a mente é como uma lupa: aumenta aquilo que foca.
Existem momentos em que uma pessoa tóxica parece colapsar nossa mente, convertendo-se na única coisa em que podemos pensar, o que é prejudicial. É preciso gritar ou dizer mentalmente Pare de pensar! e apoiar esta expressão com frases positivas, como "sou importante", "minha vida é valiosa" ou "me sinto feliz".

A técnica do espelho

A doutora Glass também aconselha atuar como se fôssemos um espelho. É possível fazer as pessoas tóxicas ver refletidos seus comportamentos. Se alguém não pára de falar impedindo que os demais o façam, a resposta pode ser colocar-se a latir. Quando o tóxico se irritar e perguntar "O que há?", basta explicar que esta é a atitude que ela mantém com os demais.
Outra tática conveniente consiste em perguntar com tranqüilidade. Para que os indivíduos tóxicos vejam quão absurdas são suas idéias, comentários e atitudes, o melhor é formular dúvidas simples que se convertam em uma progressão lógica que vá desbaratando seus argumentos, um depois de outro.
A aqueles que odeiam os negros pergunte se conhecem muita gente de cor?, conviveu com ela?, alguém o odeia por ser quem é?. Suas respostas evidenciarão o ridículo de suas idéias. E sempre haverá mais perguntas para colocar-lhes em evidência.
Embora pareça difícil, é preciso tentar empregar a cordialidade. Converter o enfado em amabilidade é uma resposta ideal frente a muitos que são duros. Os motivos de sua atuação costumam ser a insegurança e a falta de amor próprio.
Ao saber que essas são as causas de sua toxicidade, pode controlar a injúria e transformá-la em amabilidade. Muitas pessoas que tratam com o público fazem uso desta capacidade, que dá frutos assombrosos.
Outro antídoto para a toxicidade mental, consiste em desprender-se de qualquer emoção a respeito da pessoa venenosa: tirá-la de nossa vida, não preocupar-se com ela, não desejar-lhe nem bem nem mal, visualizar a desconexão com ela, deixá-la para trás.

Catálogos de pessoas venenosas

Segundo Glass, estas técnicas são efetivas para resistir ao que ela denomina "trinta tipos de terrores tóxicos", entre os quais inclui o falador, o piadista, o cortante, a vítima sombria e condenada, o apunhalador de duas caras, o brincalhão, o pistoleiro rancoroso e autoritário, e o mentiroso. Todas são distintas formas de personalidades que coincidem em intoxicar a vida alheia.
Outras versões de indivíduos tóxicos, que podemos descobrir em nosso entorno, são o indivíduo intrometido, o fanático, o pretensioso, o competidor, o maniático do controle, o crítico acusador ou o arrogante sabichão.
Às vezes, a presença de conflitos contínuos, pode indicar que o ser tóxico é você mesmo, em vez dos demais. O que não muda excessivamente as coisas, porque o resultado é similar: um contínuo mal-estar e dificuldades para relacionar-nos.
Nesse caso é preciso reconhecer o problema e deixar de amargar os demais com nossos ciúmes mais ou menos encobertos. A chave, como sempre, é a comunicação: consigo mesmo, para descobrir a verdadeira raiz de nosso comportamento, e com os demais, para deixar de atormentar suas vidas.

Por Maria Jesús Ribas

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ética cristã e células-tronco

Pesquisas com células-tronco embrionárias começaram no Brasil em agosto de 2005. A utilização de células-tronco de embriões nas pesquisas brasileiras foi permitida com a aprovação da Lei de Biossegurança em março de 2005. O governo também financiará experimentos com células-tronco adultas, derivadas da medula óssea, do cordão umbilical e de outros tecidos.
A descoberta das células-tronco se constituiu numa das maiores conquistas da genética atual, mas também numa das questões mais complexas, e sobre a qual pairam ainda muitas interrogações. Entre as células-tronco, umas são totipotentes, outras pluripotentes e outras uni-potentes, basicamente dependendo das funções que estão destinadas a exercer.
A maneira como as células adultas irão se comportar já é bastante conhecida. Porém, a mesma coisa não pode ser dita sobre o comportamento das células-tronco embrionárias, quando retiradas do seu habitat natural. O comportamento dessas é em grande parte desconhecido, apesar do fato que alguns cientistas em Oxford, Inglaterra, terem afirmado que são mais estáveis do que pensávamos. De qualquer forma, o certo é que o uso de células-tronco embrionárias implica na eliminação do embrião e, por isso mesmo, é moralmente inaceitável.
O debate atual a respeito do uso de embriões humanos para retirar células-tronco pluripotentes, com finalidades terapêuticas, nasce de um grande equívoco que ignora completamente o significado de um embrião e as conseqüências para a criação de uma mentalidade desumana. A Igreja Católica insiste que o embrião não é um grupo de células, mas um indivíduo da espécie humana. Essa afirmação não tem nada a ver com crenças religiosas, é uma verdade que a razão é capaz de reconhecer.
O embrião, apesar de seu pequeno tamanho, contém a informação genética (genoma) que presidirá o seu desenvolvimento desde o nascimento até a idade adulta. É animal com a estrutura genética de um vertebrado, mamífero, humano. Para justificar o uso de células-tronco embrionárias, volta-se sempre ao argumento de que o óvulo fecundado ainda não é vida humana. Várias teorias são apresentadas sobre o momento da humanização. Para alguns isso aconteceria somente no momento da implantação no útero; para outros só na medida em que se configura a base do cérebro e, para outros, ainda em fases posteriores.
Parece-me que o que ocorre após a fecundação são desdobramentos que continuam até a morte. O embrião, obviamente, se encontra numa fase inicial da existência, mas é vital lembrar que a dignidade não se vincula a esta ou àquela fase da vida, é inerente à condição humana. A Igreja Católica, através de documentos como Donum Vitae (1987), da Sagrada Congregação da Doutrina e Fé, e Evangelium Vitae (1995), do papa João Paulo II, manifesta sua satisfação com o avanço das pesquisas científicas, oferecendo possíveis curas para doenças genéticas, degenerativas e neurológicas. Doenças como câncer, diabetes, mal de Alzheimer, de Chagas, esclerose múltipla, doenças auto-imunes, como lupus eritematoso, artrite reumatóide, anemia grave, doença de Parkinson etc. Mas a Igreja Católica insiste que a destruição do embrião humano é um ato altamente antiético e imoral.
Segundo o texto-base da Campanha da Fraternidade de 2008, "o uso das células-tronco adultas, por outro lado, já tem alcançado resultados comprovados de melhora ou cura de doenças em seres humanos... Recentemente foram obtidos resultados que permitiriam que as células-tronco adultas se comportassem como células-tronco embrionárias, ganhando a capacidade da totipotência (reprogramação celular)", (cf. p. 46 do Texto-base).
Porém, há uma grande novidade. Este ano cientistas extraíram células simples da pele humana e conseguiram com elas o efeito das células-tronco embrionárias. Depois, grupos de cientistas, um dos EUA e outro do Japão, conseguiram transformar células da pele humana em células-tronco. A descoberta abre um potencial caminho ilimitado para a substituição de tecidos ou órgãos defeituosos. Segundo a conhecida revista Science, essa descoberta "vai mudar completamente o campo das pesquisas com células-tronco".
Além das restrições éticas contra as células-tronco embrionárias, os órgãos transplantados obtidos a partir de células-tronco embrionárias podem ser rejeitados pelo paciente. Já a nova técnica, uma vez aperfeiçoada, permitirá a criação de células-tronco com o código genético do paciente, eliminando assim os riscos de rejeição. Portanto, segundo Dr. James Thompson, podemos vislumbrar agora um tempo no futuro em que uma simples técnica poderá ser usada para produzir células-tronco que serão capazes de formar qualquer tecido a partir de uma pequena amostra de qualquer um de nós. Embora a nova técnica seja aparentemente, eticamente correta, acredito que ainda é cedo para ver os pesquisadores substituindo as pesquisas com as células-tronco embrionárias atualmente em andamento.
Finalmente, enquanto enfatizo a urgente necessidade de minorar os sofrimentos provenientes de falhas genéticas, de acidentes e de doenças degenerativas, fico preocupado com a exploração emocional oriunda da exposição na mídia de pessoas com estes problemas. A liberação de embriões para obter células-tronco é considerada pela Igreja Católica uma postura enormemente antiética porque sacrifica vidas humanas. Ao mesmo tempo em que as pesquisas com as células-tronco embrionárias humanas vão se defrontando com um mar de dificuldades, as pesquisas com as células adultas vêm progredindo rapidamente.
As células-tronco adultas podem ser conceituadas como células indiferenciadas, existentes nos diversos órgãos, em especial na medula óssea, cordão umbilical, na pele, etc, compondo um sistema regenerativo natural do indivíduo. Espero que as pesquisas dos cientistas extraindo células simples da pele humana e conseguindo com elas o efeito das células-tronco embrionárias venham a prosperar rapidamente, de tal maneira que as células-tronco embrionárias deixem, definitivamente, de ser usadas.

Padre Brendan Coleman Mc Donald é redentorista,assessor da CNBB (Regional Nordeste I) e professor-doutor na UFC.
Fonte; http://www.opovo.com.br/opovo/internacional/760079.html

PORQUE ALGUNS POLITICOS ROUBAM

Assim como eu, você também deve ficar escandalizado com a cara-de-pau de alguns políticos que metem a mão nos cofres públicos como se estivessem sacando dinheiro da própria conta.

Embora as notícias da roubalheira tenham sido mais intensas nos últimos tempos, a verdade é que essa prática não é privilégio dos dias atuais. Desde que o mundo é mundo alguns espertalhões sempre usaram a política para forrar os próprios bolsos.

Vamos tentar entender os motivos que levam alguns políticos a seguir o caminho, ou melhor, os descaminhos, que os colocam à margem da sociedade e em pé de igualdade com os bandidos da pior espécie.

São as condutas éticas que governam as ações sociais. Cada sociedade é organizada a partir de princípios éticos próprios da sua história, da sua cultura e do seu contexto.

Para algumas tribos indígenas, por exemplo, roubar cavalos era uma façanha admirável entre seus guerreiros. Já na Idade Média, em alguns feudos, as moças permaneciam virgens até o casamento. Entretanto, por lei, quem tinha direito à primeira noite não era o noivo, mas sim um nobre, dono das terras.

Visto de fora, longe da realidade desses povos e distante da época em que cultivavam naturalmente esses costumes, pode nos parecer que as condutas eram abomináveis. Assim como, provavelmente, no futuro nossa forma de viver em sociedade hoje poderá parecer estranha e até sem sentido.

Sejam quais forem os princípios éticos, são eles que sustentam a vida em sociedade. Sem esses preceitos, a convivência social seria um caos, pois as pessoas não se respeitariam.

A sociedade contemporânea, salvadas as diferenças pontuais, se submete a princípios éticos bastante semelhantes. Entre as diversas condutas éticas estabelecidas, e que se subordinam também aos mandamentos de Deus, está a orientação de não roubar.

Considerando- se que os políticos também fazem parte desse tecido social, não deveriam roubar. Quando, todavia, esse "representante do povo" surrupia a grana da população, passa por três estágios para chegar à deterioração ética:

• Não sentiu medo - A certeza de que não seria punido foi tão evidente que não teve medo de receber represálias para o seu ato inescrupuloso. Se uma pessoa tiver receio de que será punida, irá refrear seus impulsos e não cometerá o crime. O que anima o ato de delinqüência é o baixo risco de punição.

• Não sentiu vergonha - A frase "ele não tem vergonha na cara" pode ser interpretada como não se sentir menosprezado ou ridicularizado por não ter princípios éticos sociais. A vergonha é um valioso freio para os desvios sociais.

Ao cometer o crime, esse político não sente vergonha de ser ridicularizado ou menosprezado pela sociedade, pois a falta de escrúpulos e de princípios já se instalou de forma tão acentuada no seu caráter que essas circunstâncias não aborrecem seu sono.

Não sentiu culpa. Como diz o psicoterapeuta Flávio Gikovate: culpa é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Quando sentimos na própria pele o mal que fazemos à outra pessoa, estamos experimentando o sentimento da culpa.

Se um político desvia o dinheiro que seria usado para a compra do leite das crianças ou para a aquisição de ambulâncias destinadas aos pobres desprotegidos, a culpa passou longe de suas preocupações.

Um político deve ser admirado e respeitado quando possui princípios éticos tão evidenciados que, se cometesse um deslize, antes de sentir medo de ser punido, sentiria culpa e vergonha pelos seus atos.

Não vamos perder a esperança, pois tem muita gente séria ainda na política. Cabe à sociedade, entretanto, construir sua proteção. Se a educação que alguns políticos receberam não foi suficiente para que sentissem culpa ou vergonha pelos crimes que poderiam cometer, que pelo menos sintam medo de ser punidos se não se comportarem como deveriam.

E, por incrível que pareça, um dos maiores pesadelos do político é perder uma eleição. Que tal começarmos por aí?

(Fonte: UOL-Carreiras)